terça-feira, 3 de março de 2009

ALEM

Seu nome é Yodin, um rapaz da raça omnus, popularizada na criação como “humanos”. Tem por volta de uns vinte anos, um pouco franzino, porém muito confiante no potencial de sua juventude.
Mora em uma pequena cidade chamada Omnauria. Nesta cidade as casas costumam ser mais baixas do que a metade do tamanho do menor morador, pois assim todos necessitam estar ajoelhados ou recostados, não existindo maior ou menor dentro de casa.
Yodin mora com mais 13 pessoas, nenhum deles é pai ou mãe. Há os anciãos de casa, eleitos por tamanho, dois omnis que são os mais baixos da casa, e uma moher, que tem estatura média, não pode ser nem a mais alta nem a mais baixa.
O joven Yodin trabalha três horas e meia em cada dia na construção de uma represa, um trabalho simples porém estafante. O seu dever é contabilizar o numero de pedras reluzentes retirado a cada hora de serviço de cerca de mil e trezentos trabalhadores que passam o dia retirando pedras do rio.
Em um dia não muito bonito perto da pausa sagrada do mês de Yamkala, um ancião da terra chama Yodin à casa dos mestres.
- Homem alto – é o início do discurso, pois é assim que se tratam os jovens promissores, enquanto os baixos são os detentores da sabedoria. – Você sabe que estamos perto da pausa sagrada?
- Sim senhor.
- E você sabe o que isso significa?
- Ah sim, senhor, esse é o momento mais especial do ano, festas e bailes com águas de minas vertendo livres para toda a população, isso é lindo!
- Oh, sim, isso. E sabe como toda essa beleza é possível? Nem precisa responder, sei que está se tornando responsável.
Sabe que... sua cota de pedras do último período foi impressionante.
Os etilomes se impressionaram ainda mais, e esperam que a extração se repita.
- Mas o senhor...
- Não precisa em explicar. Estaremos enviando seu carregamento ao fim da semana. Está dispensado.
Yodin se curva com as mãos em punho para trás, se vira e sai.

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